Hello bet: Após casos de racismo, Conmebol endurece sanções contra discriminações em campo

Pelo menos cinco casos de discriminação racial foram registrados no mês passado em jogos pela Libertadores da América; E

Casos de Discriminação Racial na Libertadores da América

Pelo menos cinco casos de discriminação racial foram registrados no mês passado durante jogos da Libertadores da América. Em um desses incidentes, o River Plate recebeu uma multa de US$ 30 mil.

Elis BarretoLucas Janoneda CNN , Rio de Janeiro

09/05/2022 às 19:47 | Atualizado 07/04/2023 às 18:23

Torcedores palmeirenses flagraram ofensas racistas de um torcedor do Emelec.
Torcedores palmeirenses flagraram ofensas racistas de um torcedor do Emelec. Nas imagens que circulam nas redes sociais, ele chama os brasileiros, repetidamente, de “macacos” e ainda ri junto com outros torcedores.
• Reprodução / Redes Sociais

Após os cinco casos de racismo em jogos da Copa Libertadores da América, a Conmebol tomou medidas mais rígidas contra atos de discriminação em todas as competições. As sanções são aplicáveis para ofensas motivadas por cor de pele, raça, sexo, orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem.

De acordo com a Confederação, a multa mínima para clubes ou associações em que torcedores infrinjam a regra agora é de US$ 100 mil, aumentando em relação aos US$ 30 mil anteriores.

Além disso, a Conmebol definiu que o órgão judicial competente pode determinar que o clube jogue uma ou mais partidas em portões fechados, ou até mesmo realizar o fechamento parcial do estádio.

No último mês, cinco casos de racismo foram registrados durante jogos da Libertadores, todos envolvendo clubes brasileiros: Flamengo, Corinthians, Bragantino, Palmeiras e Fortaleza, sendo este último o único caso julgado até agora.

Em um jogo da fase de grupos, um torcedor do River Plate arremessou uma banana na direção da torcida do Fortaleza no último dia 13 de abril. Como resultado, a Conmebol multou o clube argentino em US$ 30 mil, o equivalente a quase R$ 150 mil.

O torcedor que cometeu a ofensa foi suspenso por seis meses do estádio e obrigado a participar de um curso de conscientização.

No dia 26 de abril, dois casos diferentes ocorreram. Em São Paulo, um torcedor do Boca Juniors foi detido dentro do estádio do Corinthians por fazer gestos imitando um macaco direcionados à torcida adversária, sendo liberado após pagamento de fiança.

O outro incidente ocorreu na Argentina, quando torcedores do Estudiantes de La Plata imitaram sons de macacos em direção aos torcedores do Red Bull Bragantino.

Durante a partida entre Emelec e Palmeiras, na quarta-feira (27), um torcedor do clube equatoriano também foi flagrado fazendo ofensas racistas contra um grupo de torcedores do Palmeiras.

Em 28 de abril, torcedores da Universidad Católica, do Chile, imitaram macacos como forma de provocação aos torcedores do Flamengo. As cenas foram capturadas em vídeos que circulam pela internet. O Flamengo lamentou o episódio em uma declaração nas redes sociais e marcou a Conmebol exigindo respostas.

A CNN apurou que, a respeito dos quatro casos de racismo nos jogos de Flamengo, Corinthians, Bragantino e Palmeiras, a Conmebol instaurou, no dia 29 de abril, investigações internas através da Unidade Disciplinar da entidade e aguarda decisões.

Será que essas novas medidas da Conmebol serão suficientes para combater a discriminação no futebol?

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